A MORDER OS CALCANHARES DO PODER

terça-feira, maio 31, 2005

Salários

O Grau Zero da Política em Portugal

Octávio Machado candidato do PSD à Câmara de Palmela


Vocês sabem do que é que estou a falar...

Sem mais comentários.

segunda-feira, maio 30, 2005

A MINORIA PRÓSPERA E A MULTIDÃO INQUIETA IV

PRIVATIZAM-SE OS LUCROS...



EDP atinge lucros de EUR 216,9 mn


Adopção das normas IFRS aumenta lucro da Cimpor em 72 Milhões de Euros


Os resultados líquidos do Espírito Santo Financial Group (ESFG), que agrega a Tranquilidade, o ES Seguros e a Tranquilidade Vida, atingiram os 17,4 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano


Os lucros da Águas de Portugal (AdP) atingiram os 12,9 milhões de euros, em 2004


Os lucros da Ibersol cresceram 33,5% no primeiro trimestre face ao período homólogo, com os resultados financeiros a avançarem mais de 55%.



A Companhia de Seguros Tranquilidade registou um aumento de 10% nos prémios durante o primeiro trimestre do ano, para 99,2 milhões de euros


Facturação da DLI Portugal aumenta 29%
A DLI Portugal facturou 139 milhões de euros no ano passado, o que corresponde a uma subida de 29% face aos 108 milhões de euros registados no período homólogo



O Finibanco lucrou 2,78 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano


Lucro líquido da Portucel deve ser superior a 16,3 M€ no primeiro trimestre


O lucro das empresas que compõem o PSI 20 cresceu 33% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2004, para 988 milhões de euros.


PT Multimedia lucrou 22,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma subida de 22,8% face aos 18,3 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2004


Teixeira Duarte aumenta lucros trimestrais em 10,1%:
A Teixeira Duarte lucrou 17,3 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano



Lucros trimestrais do Banif sobem 108%:
O Banif lucrou 15,4 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano




SOCIALIZAM-SE AS PERDAS...


Ministro das Finanças afasta baixar IVA até 2009


Governo vai eliminar mais benefícios na função pública


Governo vai equiparar os sistemas de saúde da PSP, da GNR, das Forças Armadas e do Ministério da Justiça ao regime geral da Função Pública (a ADSE), o que vai resultar numa perda de regalias para mais de 400 mil pessoas



A Nova Pirataria.

“Segundo o Banco de Portugal, o conjunto das famílias portuguesas deviam 117% do seu rendimento anual em finais de 2004. De acordo com as previsões, a dívida vai subir ainda mais este ano. Trocados por miúdos, estes números significam que as famílias que contraíram empréstimos recorrendo ao crédito teriam de trabalhar mais de um ano, sem gastar um cêntimo em alimentação, vestuário, saúde, escola, transportes, livros, férias – sem gastar um tostão em nada!-, apenas para poder pagar o que devem!. «O dinheiro representa hoje uma nova forma de escravatura impessoal que substituiu a antiga escravatura da pessoa», dizia Tolstoi. A lusa realidade ultrapassa o pessimismo russo.

Como é possível? Pois graças aos méritos do abençoado sistema de mercado. Este novo deus garante-nos que é preciso produzir cada vez mais, a mais baixo custo e consumir cada vez mais. Portanto, é indispensável gastar, gastar sempre mais- mesmo quando já não há dinheiro para gastar. Que importa. A publicidade existe para criar as apetências e o crédito para engordar a carteira vazia. Gaste agora, pague depois. Só que o depois é agora! Agora, neste tempo de emprego precário, de desemprego, de divórcio, da morte do outro com quem se partilhava o pagamento da dívida. Tempo de miséria em que o fim do mês nunca mais chega, mas antes se arrasta em pobreza envergonhada, no sufoco das prestações que assombram o sono e tornam os lares «sem pão» mesquinhos e amargos. Em vez do paraíso prometido, as famílias dão por si no Inferno.

Excluindo, como está, que os portugueses sejam globalmente estúpidos, inconscientes ou incapazes de deitar contas à vida, sobram razões evidentes que os levam a hipotecar o real para sobreviver no virtual. Esses motivos são os estímulos da publicidade, a par do incitamento ao crédito. Enquanto a publicidade procura vender o máximo, a todos, fazendo crer a cada um que é diferente dos outros, as instituições de crédito concedem empréstimos ao consumidor, tentando passar a ideia de que o crédito não custa dinheiro. Alguns defensores do consumidor consideram que se trata de uma espécie de pirataria legal. Se os piratas espoliavam as suas vítimas, a publicidade e o incitamento ao crédito inculcam nas vítimas o desejo de ser despojadas. Feitas as contas, o resultado prático é o mesmo: os haveres amealhados ( e futuramente amealháveis) passam de um bolso para o outro.

O Governo inquieta-se e o secretário de Estado com o pelouro da Defesa dos Consumidores, em declarações prestadas ao DN, anuncia que serão tomadas medidas »a breve prazo». Medidas que vão certamente ao encontro das que a Comissão Europeia anda a prometer adoptar desde 2000 e há outro tanto tempo a adiar, incapaz de vencer a resistência dos bancos e das instituições de crédito. É que o sector financeiro não quer saber para nada dos dramas humanos. Não é essa a sua função. O sector financeiro quer é explorar as fraquezas humanas. As que dão lucro, está bom de ver. Incluindo a fraqueza dos pais quando confrontados com a fraqueza dos filhos. Citada também pelo DN, a Deco dá casos concretos. »Ir às compras com uma criança significa, muitas vezes, comprar produtos que nem se imaginava existirem. E isso acontece porque as televisões [os fabricantes, digo eu] abusam da publicidade destinada à crianças.»

Venham então as medidas governamentais e quanto mais depressa melhor, embora, pessoalmente, duvide que alguma vez ousem atacar o fundo do problema – a ditadura do mercado.
Tenho dificuldade em imaginar o Governo a pedir aos fabricantes de automóveis, de electrodomésticos, de telemóveis, de jogos electrónicos, de comidas e bebidas garantidas de puro plástico, a pedir a todos os vendilhões de sonhos e de supérfluo que deixem de fazer publicidade – e a pedir aos bancos que deixem de conceder crédito como quem empresta corda a um enforcado…
A pedir e, menos ainda, a exigir. Se exigência houver, receio bem que seja dirigida ao cidadão, despromovido a consumidor e ameaçado com a prisão, para que tenha o bom senso que manifestamente falta a um sistema de mercado que todos os dias professa as suas virtudes – e depois não resiste á sua prática.”


FEYO, José Manuel Barata, “ A nova pirataria”, Grande Reportagem, nº229, 2005, p.10.

quinta-feira, maio 26, 2005

O regresso dos Jobs for The Boys

Tachos

"Fernando Gomes na administração da Galp- Petrolífera vai contar ainda com mais três socialistas. Quadros da empresa perplexos com nomeação. Ex-autarca do Porto vai ganhar 15 mil euros"



Ao mesmo tempo que anunciam o estrangulamento da classe média e a malfadada contenção, continuam a vergonhosa nomeação de Boys.


15 mil euros de salário?

Desavergonhados de merda!!!

Mentiroso Compulsivo

José Sócrates- 23 de Janeiro de 2005:


José Sócrates – 12 de Fevereiro de 2005:

José Sócrates – 19 de Março de 2005:



José Sócrates – 15 de Abril de 2005:



JOSÉ SÓCRATES - 25 DE MAIO DE 2005

Sócrates anuncia IVA nos 21% e novo escalão no IRS

Se os tubarões fossem homens

"Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?

Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.

Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.

O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.

Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.

Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.

Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.

Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc.

Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar."

BRECHT, BERTOLD." Se os tubarões fossem homens".

Este conto encontra-se em http://resistir.info/ .

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A MINORIA PRÓSPERA E A MULTIDÃO INQUIETA III

PRIVATIZAM-SE OS LUCROS...
SOCIALIZAM-SE AS PERDAS...

terça-feira, maio 24, 2005

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segunda-feira, maio 23, 2005

Grande Lata!!!

Temos vindo a assistir ao longo das últimas semanas a uma declarada ofensiva de determinadas forças no seio da sociedade portuguesa, no sentido de promoverem dogmaticamente a solução mágica para o saneamento das contas públicas e do malogrado défice, assente no asfixiamento da classe média.

Com efeito, as soluções apontadas enquadram-se numa estratégia que visa preparar psicologicamente este depauperado povo, para o pior.

E eis que, neste quadro propagandístico, surgem os abutres de sempre, falando do alto da sua arrogância e petulância, não se coibindo de debitar alarvidades atrás de alarvidades.

Senão, detenhamo-nos apenas por um momento nas declarações contidas nesta notícia, e analisemos a situação de quem as profere.


É necessário ter uma enorme lata e falta de vergonha na cara, para dizer o que dizem João Salgueiro e António Carrapatoso, quando defendem aumento de impostos e congelamentos salariais.

O primeiro, é apenas presidente da Associação Portuguesa de Bancos, o que por si só deveria ser suficiente para o remeter a um silêncio envergonhado, num momento em que a esmagadora maioria dos portugueses passa por aflitivas dificuldades económicas, ao passo que os membros da Associação a que preside apresentam lucros astronómicos que são um verdadeiro atentado à pobreza e a todos aqueles quantos trabalham.

Quanto ao segundo:- António Carrapatoso, presidente da toda-poderosa multinacional Vodafone, brinda-nos com a seguinte tirada : “Os salários «na sua variável fixa têm de sofrer um congelamento ou pelo menos uma contenção (¿) é necessária uma política de remuneração de acordo com o sector laboral e o nível de trabalho»”, deixando escapar ainda, de forma mal disfarçada, o objectivo último perseguido pelos poderosos grupos económicos que vão tentacularmente tomando conta do país, considerando ser necessária uma «redefinição do papel do Estado». Interrogo-me se este senhor não pretenderia dizer: aniquilação do papel do Estado…


Contudo, perante o cenário montado neste país, em que cada vez mais se vai acentuando de forma evidente o abismo que separa os muito ricos dos muito pobres, os que tudo possuem, dos que nada têm, já nada espanta.

Estas 'pérolas' enquadram-se, pois, perfeitamente num clima de crescente sul-americanização de Portugal.

Definitivamente, o país está a saque e entregue aos bichos.


P.S. A cantilena do congelamento salarial, já tresanda. Estas personagens poderiam começar a pensar em congelar os fabulosos salários de ‘gestores' que auferem- na ordem dos milhares de euros mensais, ao invés de ofenderem os trabalhadores, ou então proporem pagamentos de impostos para as empresas que representam, proporcionais aos lucros por elas obtidos.
Que asco provoca esta gentinha!!!

sábado, maio 21, 2005

Devem ter boas razões...

sexta-feira, maio 20, 2005

A MINORIA PRÓSPERA E A MULTIDÃO INQUIETA II

quinta-feira, maio 19, 2005

Banco da Desigualdade Mundial

BIM

O Lixo começa a vir ao de cima IV

E diziam eles que não havia razões para serem demitidos.
Imaginem se houvesse...

Medidas difíceis...só para estes

"Taxa de desemprego aumentou para 7,5 por cento no primeiro trimestre"

quarta-feira, maio 18, 2005

O regresso da Tanga

Constâncio já fala em "medidas difíceis":Governador do BP diz que vai ser preciso fazer "pedagogia" ao explicar situação real



Volta e meia, lá regressa o Discurso da Tanga e o paleio destes tecnocratas patéticos.

Por falar em pedagogia, o Sr. Constâncio poderia por exemplo começar por defender o apertar do cinto para as suas amigas sanguessugas a que faço referência no Post anterior.


Mas quanto a isso, o silêncio é ensurdecedor…

terça-feira, maio 17, 2005

A MINORIA PRÓSPERA E A MULTIDÃO INQUIETA

rich_poor




Inicia-se, hoje, neste Blog uma nova coluna que visa a exposição dos anacronismos a que se presta este sistema sócio-económico neoliberal em que vivemos e que nos pretendem impor de uma forma fundamentalista , embora os ideólogos de serviço não se cansem de nos querer vender a todo o custo uma visão da realidade não raras vezes truncada, exigindo invariável e constantemente sacrifícios aos mesmos de sempre, com recurso à prescrição das paneceias costumeiras: aumento de impostos, diminuição ou estagnação salarial, ultra-liberalização do mercado laboral, despedimentos e outras tais.

Dedico-lhe, pois, o título: “A Minoria Próspera e a Multidão Inquieta”, parafraseando Noam Chomsky . Aqui, proceder-se-á à denúncia das disparidades económicas existentes nesta sociedade profundamente injusta e desigual. Todavia, é-nos possível, descodificar nas entrelinhas do discurso mediático, os pressupostos que postulam obrigações severas para alguns (quase todos), procedendo àquilo que Galeano denominaria de Privatização dos Lucros e Socialização das perdas, embora o dito discurso deixe permanentemente de fora a pequena minoria sempre imune à tão apregoada “ Crise”, que, quando nasce, em boa verdade, não é para todos…




Janeiro de 2005



Banco Nacional de Crédito (BNC) teve, no ano passado, um lucro líquido de 33,7 milhões de euros (…)"A actividade em Portugal, neste primeiro ano [2004 ], foi um êxito, o volume de negócios cresceu a um nível elevado, o lucro aumentou 50 por cento e foi quase de 34 milhões de euros", revelou o presidente executivo


O Banco Português de Investimento (BPI) obteve um resultado líquido de 192,7 milhões de euros em 2004, mais 17,6% que no ano anterior.


Resultado líquido do BCP subiu 17,2 por cento para 513 milhões de euros em 2004 face a 2003, acima do previsto pelos analistas, que apontavam para um valor entre os 476 e os 507 milhões de euros.



Banco Nacional de Crédito (BNC) teve, no ano passado, um lucro líquido de 33,7 milhões de euros (…)"A actividade em Portugal, neste primeiro ano [2004 ], foi um êxito, o volume de negócios cresceu a um nível elevado, o lucro aumentou 50 por cento e foi quase de 34 milhões de euros", revelou o presidente executivo



Fevereiro de 2005






IRS:indícios de evasão fiscal no escalão mais alto : Declarações dos mais ricos baixaram 92 por cento em três anos



-BES obteve lucros de 275,1 milhões de euros, mais 11,5% que em 2003


Lucro da Brisa cresceu 21 por cento no ano passado, face a 2003, para 183,6 milhões de euros


Banif lucrou 37,3 milhões de euros em 2004, mais 47,1% do que ano anterior, anunciou o banco


Lucros dos três maiores bancos cotados aumentaram 15% em 2004, aproximando-se dos mil milhões de euros.



Março de 2005


Resultados líquidos do Montepio Geral somaram 33 milhões de euros em 2004, uma melhoria de 53,7% face ao ano anterior


BCP captou 4,9 mil milhões de euros desde 2001


BES criou 2,971 mil milhões de euros para os accionistas desde a privatização


Lucro da Cimpor atingiu 185,9 milhões de euros em 2004


A Cofina anunciou hoje que os resultados líquidos de 2004 aumentaram 27,1% em 2004, para 12,5 milhões de euros


Lucros da Teixeira Duarte quase triplicaram em 2004 face ao ano anterior para 29,9 milhões de euros


Crédito Agrícola com lucro recorde em 2004


Lucro da Jerónimo Martins sobe surpreendemente para 92,5 M€


Lucro da Mota-Engil aumentou 43,5 por cento em 2004


Lucro da Semapa mais do quequadruplicou no ano passado, face a 2003, para 182 milhões de euros


Lucro da Sonae atinge 192,1 M€ em 2004


Lucro do BES poderá aumentar 44 ME com introdução das IAS


Lucro dos CTT - Correios de Portugal subiu 96,2 por cento no ano passado, face a 2003, para 50,1 milhões de euros.


Lucros da Sonae SGPS sobem 68% para os 192 milhões em 2004



Lucros consolidados do Espírito Santo Financial Group cresceram 46,8% para os 52,7 milhões de euros



Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) registou lucros de 33 milhões de euros no ano passado




A Sonae Sierra, a recente designação dada à empresa que se dedica à construção de centros comerciais do grupo Sonae, ex-Sonae Imobiliária, apresentou em 2004 um lucro consolidado de 82,3 milhões de euros


Abril


BCP- Lucros do primeiro trimestre ascenderam a 129,7 mn euros



Jerónimo Martins sobe lucros até Março em 26,2%




-Lucro do BCP deverá subir para 130,8 milhões de euros



Lucro do BPI deverá ter aumentado para 55,9 milhões de euros no primeiro trimestre



Lucro das empresas que compõem o PSI 20 cresceu 47,3 por cento no ano passado, face a 2003, para 3,05 mil milhões de euros.



Maio


ActivoBank7 -banco online do Millennium bcp - teve um lucro líquido consolidado de 457 mil euros no primeiro trimestre de 2005, contra os 124 mil euros registados no período homólogo do ano passado




BCP estima que lucro da Sonae tenha crescido 139%


Banco Espírito Santo (BES) alcançou um resultado líquido de 80,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2005


Lucro da Sonae supera estimativas no primeiro trimestre- A empresa de Belmiro de Azevedo registou entre Janeiro e Março um resultado líquido de 134,3 milhões de euros




Galp quintuplica lucro no primeiro trimestre - A Galpenergia obteve, no primeiro trimestre deste ano, um lucro de 162 milhões de euros, cinco vezes mais do que os 32 milhões registados no período homólogo de 2004


Quatro bancos privados com mais 42,6% de lucro





P.S. Uma vez que esta pesquisa já se desenrola desde Janeiro de 2005, incluirei neste primeiro Post ou seguintes, dados relativos ao período compreendido entre essa data e o dia de hoje.

sexta-feira, maio 13, 2005

Para abrir os olhos...

Texto de leitura indispensável noUNO E O MÚLTIPLO, acerca das práticas verdadeiramente genocidas e criminosas levadas a cabo por algumas organizações internacionais que se dedicam à difusão do terrorismo institucional. A não perder, AQUI

quinta-feira, maio 12, 2005

Uns a trabalhar...outros a roubar

"PORTUGUESES TRABALHAM 135 DIAS PARA PAGAR OBRIGAÇÕES FISCAIS:


Os portugueses têm de trabalhar 135 dias este ano para pagar as suas obrigações fiscais, refere um estudo da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, divulgado esta quarta-feira."


Quantos dias terão que "trabalhar" a Banca e as grandes corporações?

Slum World

quarta-feira, maio 11, 2005

O Lixo começa a vir ao de cima III

"Dois elementos da anterior direcção do CDS-PP foram hoje constituídos arguidos. A Polícia Judiciária fez buscas ao escritório do ex-ministro do Ambiente Luís Nobre Guedes e deteve ao fim da tarde o advogado e empresário Abel Pinheiro. Em causa está um processo relacionado com tráfico de influências, que envolve um despacho assinado a quatro dias das eleições, que autorizava o abate de 2605 sobreiros, em Benavente."



"CDS-PP: Ministério Público investiga tráfico de influências e financiamento partidário"


"O ex-ministro do Turismo, Telmo Correia, deverá ser constituído arguido no âmbito do processo judicial sobre crimes de tráfico de influências que já envolve o nome de outros ex-dirigentes do CDS-PP, os ex-ministros da Agricultura, Costa Neves, e do Ambiente, Nobre Guedes, e o ex-responsável pelas finanças do partido durante a presidência de Paulo Portas, Abel Pinheiro."




Então estes gajos só se lembram de tomar decisões a quatro dias das eleições?



E meus amigos, utilizar o argumento de que um empreendimento de luxo privado, é de utilidade pública, para justificar tal decisão, só pode querer significar que estes depredadores do Estado, nos tomam a todos , uma vez mais, como uma grande cambada de imbecis.

Portugal está a saque e à mercê destas hienas.

Não duvidemos, por um instante que seja, que esta será apenas a ponta de um gigantesco iceberg, por baixo do qual se escondem inúmeras falcatruas e negociatas sujas urdidas nos corredores do poder e que jamais virão à luz do dia.

terça-feira, maio 10, 2005

Assim vamos...rindo e cantando alegremente no país da impunidade

Bateu no fundo




"Seis milhões de euros atribuídos pela União Europeia (UE) através do Fundo de Solidariedade para as ajudas aos incêndios de 2003 terão de ser devolvidos a Bruxelas porque não foram gastos a tempo (...)"





Confesso que começo a duvidar seriamente da possibilidade de haver, neste país, algum detentor de um alto cargo passível de ser responsabilizado por actos de incompetência tão incontestáveis e flagrantes quanto este. Sinceramente, já não sei que palavras utilizar para adjectivar as chefias que grassam neste pobre país, uma vez que é de I-N-C-O-M-P-E-T-Ê-N-C-I-A que aqui se trata.


Em 1º lugar, comportam-se com a maior das irresponsabilidades .

Em 2º, agem como se Portugal se pudesse dar ao luxo de desperdiçar este tipo de fundos, revelando uma incrível leviandade .

E por último, seguem rindo e cantando alegremente, conscientes da impunidade de que gozam, na absoluta certeza de nada lhes acontecer.


Haverá ainda algum sentido de responsabilidade ou de justiça neste país? Ou terá, irreversívelmente, batido no fundo?

sexta-feira, maio 06, 2005

Capitalismo

quinta-feira, maio 05, 2005

"A universalidade dos direitos humanos."

"Em anos recentes, a filosofia moral e as ciências cognitivas exploraram o que parecem ser profundas intuições morais – talvez as bases primordiais dos juízos éticos.

Essas investigações concentram­‑se em exemplos fictícios que com frequência revelam surpreendentes uniformidades inter­culturais de julgamento, tanto em crianças como em adultos. Para ilustrar, tomarei antes um exemplo real que nos conduz ao tema da universalidade dos direitos humanos.

Em 1991, Lawrence Summers, posteriormente secretário do Tesouro do presidente Clinton e agora presidente da Universidade de Harvard, era economista principal do Banco Mundial. Num memorando interno, Summers demonstrou que o Banco devia encorajar indústrias poluentes a mudar-se para os países mais pobres.

A razão é que «a medida dos custos da poluição prejudicial à saúde depende dos ganhos antevistos de um aumento da morbilidade e da mortalidade», escreveu Summers. «Deste ponto de vista, uma dada quantidade de poluição prejudicial à saúde devia fazer-se no país com o custo mais baixo, que será o país com os salários mais baixos.

Penso que a lógica económica por trás de descarregar uma porção de lixo tóxico no país com os salários mais baixos é impecável e devíamos encará-la».

Summers apontou que quaisquer «razões morais» ou «preocupações sociais» a respeito de tal acção «podiam ser contornadas e usadas mais ou menos eficazmente contra qualquer proposta de liberalização do Banco».

O memorando foi objecto de fuga de informação e provocou uma furiosa reacção, tipificada por José Lutzenburger, o ministro do ambiente do Brasil, que escreveu a Summers: «O seu raciocínio é perfeitamente lógico, mas totalmente insano». O padrão moderno para tais questões é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948.

O artigo 25 declara: «Toda a pessoa tem o direito a um padrão de vida adequado para a saúde e o bem-estar de si mesmo e da sua família, incluídos alimentos, roupas, habitação e cuidados médicos e serviços sociais necessários, e o direito à segurança em caso de desemprego, doença, incapacidade, viuvez, idade avançada ou outras carências em circunstâncias fora do seu controle».

Quase com as mesmas palavras, essas provisões foram reafirmadas em convenções promulgadas pela Assembleia Geral, e em acordos internacionais sobre o “direito ao desenvolvimento”.

Parece razoavelmente claro que esta formulação dos direitos humanos universais recusa a impecável lógica do economista principal do Banco Mundial como profundamente imoral, se não insana – o qual foi, na verdade, o juízo praticamente universal.

Sublinho a palavra “praticamente”. A cultura ocidental condena algumas nações como “relativistas”, que interpretam a declaração de maneira selectiva. Mas acontece que um dos principais relativistas é o Estado mais poderoso do mundo, o líder das auto­‑designadas “nações ilustradas”.

Há um mês, o Departamento de Estado dos EUA difundiu o seu relatório anual sobre direitos humanos.

«A promoção dos direitos humanos não é só um elemento da nossa política externa, é a base da nossa política e a nossa preocupação principal», disse Paula Dobriansky, subsecretária de Estado para assuntos mundiais.

Dobriansky foi subsecretária de Estado para os direitos humanos e os assuntos humanos durante os governos de Reagan e Bush I, e nessa capacidade procurou dissipar o que chamou o «mito» de que «os “direitos económicos e sociais” constituem direitos humanos».

Esta posição foi frequentemente reiterada, e subjaz ao veto de Washington ao “direito ao desenvolvimento” e à sua recusa consistente em aceitar as convenções de direitos humanos.

O governo pode rejeitar as provisões da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mas a população dos EUA não concorda. Um exemplo é a reacção pública à recente proposta de orçamento federal, segundo indicou uma sondagem do Programa sobre Atitudes de Política Internacional da Universidade de Maryland.

A população apela a cortes drásticos nos gastos militares juntamente com fortes incrementos dos gastos para a educação, a investigação médica, a formação laboral, a energia renovável e a conservação, bem como para as Nações Unidas e a ajuda económica e humanitária, juntamente com a inversão dos cortes de impostos de Bush para os ricos.

Há, com razão, muita preocupação internacional a respeito da rápida expansão dos défices comercial e orçamental dos EUA. Estreitamente relacionado está o crescente défice democrático, não apenas nos Estados Unidos, mas no Ocidente em geral.

A riqueza e o poder têm todas as razões para querer a população em grande parte afastada das escolhas e implementação políticas – também um assunto de preocupação, muito para lá da sua relação com a universalidade dos direitos humanos.

Acabamos de passar o 25º aniversário do assassinato do arcebispo Oscar Romero, de El Salvador, conhecido como «a voz dos sem voz», e o 15º aniversário do assassinato de seis importantes intelectuais latino­‑americanos, que eram padres jesuítas, também em El Salvador.

Os acontecimentos emolduraram a horrenda década dos anos 80 na América Central. Romero e os intelectuais jesuítas foram assassinados por forças de segurança armadas e treinadas por Washington – na verdade, incluindo os actuais titulares ou os seus imediatos mentores.

O arcebispo foi assassinado pouco depois de escrever ao presidente Jimmy Carter rogando­‑lhe que não enviasse ajuda à junta militar de El Salvador, a qual «agudizará a repressão que foi desencadeada contra as organizações populares que lutam por defender os seus direitos humanos mais fundamentais». O terrorismo de Estado intensificou­‑se, sempre com o apoio dos EUA e com o silêncio e a cumplicidade do Ocidente.

Atrocidades similares estão a ter lugar neste momento, às mãos de forças militares armadas e treinadas por Washington, com o apoio dos seus aliados ocidentais: por exemplo, na Colômbia, o principal violador dos direitos humanos do hemisfério, e principal recipiente da ajuda militar dos EUA.

Parece que, no ano passado, a Colômbia conservou o seu recorde de assassinar mais activistas sindicais do que o resto do mundo combinado. Em Fevereiro, numa cidade que se tinha declarado a si mesma uma «comunidade de paz» na guerra civil da Colômbia, foi reportado que os militares assassinaram oito pessoas, incluídos o líder da cidade e três crianças.

Menciono estes exemplos para lembrar a nós próprios que não estamos meramente comprometidos em seminários sobre princípios abstractos, ou a discutir culturas remotas que não compreendemos. Estamos a falar de nós próprios, e dos valores morais e intelectuais das comunidades privilegiadas em que vivemos. Se não gostamos do que vemos quando olhamos para o espelho com honestidade, temos todas as oportunidades para fazer algo a respeito disso."



CHOMSKY, Noam, "A universalidade dos direitos humanos",10 de Abril de 2005,
Khaleej Times.

in. http://www.infoalternativa.pt.vu/

segunda-feira, maio 02, 2005

Portas e as más companhias...

Portas/DR




"PORTAS CONDECORADO NO PENTÁGONO POR RUMSFELD"



E é suposto isto ser motivo de grande orgulho?

Segundo assegura a notícia em causa, tal distinção deve-se essencialmente à posição assumida por este ser na questão da invasão do Iraque e pelo facto de ter dado uns cobres à indústria de armamento americana, através do dinheiro dos portugueses.

Não há dúvida que são razões muito nobres!

Que tristeza! Devia ter vergonha não só por estar ligado a estes fascistas, mas também, e principalmente, por associar o nome de Portugal a todo este lamaçal.