Movimentações...
A surpresa chegou ao final do dia. O ministro das Finanças resolveu "recompor" a administração da Caixa Geral de Depósitos, demitindo o actual presidente, Vítor Martins, que tinha mandato até 2008, e substituindo-o por Carlos Santos Ferreira. O ministério invoca "uma série de eventos e notícias" ligados à administração da CGD, que nos últimos meses "fragilizaram, objectivamente, a imagem interna e externa da actual administração, bem como a relação de confiança que deveria existir entre ela e o accionista". "Face a esta situação, tornou-se imperioso criar condições que permitam à CGD prosseguir com firmeza a sua estratégia."Carlos Santos Ferreira, um gestor com larga experiência em grandes grupos empresariais (Champalimaud e BCP) e até há pouco tempo apontado como um dos possí- veis sucessores de Miguel Horta e Costa à frente da PT, assume a presidência da CGD. Na administração entram ainda Armando Vara, antigo ministro socialista, e Francisco Bandeira.
Primeiro tivemos esta notícia, que nada encerra de novo para quem já se habituou a estas "recomposições" bastante convenientes de colocação de Boys. O que se torna aqui, ainda mais escandaloso e inadmissível é a presença de Armando Vara (sim, esse, o da Fundação...). Isto além de trágico, é anedótico.
Interessante, não deixa igualmente de ser o perfil do futuro presidente da Caixa Geral de Depósitos: "Carlos Santos Ferreira, um gestor com larga experiência em grandes grupos empresariais (Champalimaud e BCP) e até há pouco tempo apontado como um dos possí- veis sucessores de Miguel Horta e Costa à frente da PT."
Os grandes grupos económicos lá vão, lentamente e com pezinhos de lã, colocando os seus peões em sectores estratégicos do "aparelho de Estado".
(...)"E Armando Vara, que é promovido das funções de director-coordenador no banco público."
Inacreditável bandalheira. A obsessão, com contornos de paranóia, de levar avante este projecto megalómano, vale o recurso a todas as tácticas manhosas.
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