A MORDER OS CALCANHARES DO PODER

quarta-feira, março 16, 2005

A Ofensiva Neo-Conservadora Mundial

wolf_stmt031210



Tomei hoje conhecimento, de uma notícia que dava conta da intenção de George W. Bush de designar um falcão do Pentágono - PAUL WOLFOWITZ- como presidente do BANCO MUNDIAL, um dos instrumentos mais fortes e eficazes de imposição da dominação americana a todo o planeta.
Com efeito, este neoconservador representante da ala mais reaccionária da política americana, poderá agora tomar em mãos os destinos desta instituição.



A notícia refere ainda, que “Antes da nomeação do presidente do Banco Mundial, que tradicionalmente recai num americano em virtude de um «pacto de cavalheiros» informal com a Europa, o presidente Bush informará, os 184 Governos que fazem parte do Banco Mundial da sua decisão. “

Face ao relatado, impõem-se aqui alguns esclarecimentos acerca desta grotesca personagem .
A saber:

• Paul Wolfowitz foi , entre outras pouco recomendáveis, uma das figuras que em
Janeiro de 1998 tentou pressionar o então presidente americano Bill Clinton a atacar o Iraque através de um documento no qual se defendia o argumento de que este país constituía um perigo para “as tropas americanas na região, os nossos amigos e aliados como Israel, os Estados árabes moderados e uma parte significativa da oferta mundial do petróleo”.

• Wolfowitz, segundo o “New York Times”, definiu uma doutrina segundo a qual”: a missão política e militar da América exige que nenhuma potência rival possa emergir. Incluindo as potências regionais que estorvem Washington.” Invocando a “dominação benigna” dos Estados Unidos, rejeita as teses duma política internacional multilateralista.”


• Por fim, há a referir que foi este senhor quem
afirmou a 4 de Junho de 2003, no auge da polémica em torno da pseudo existência de armas de destruição maciça iraquianas, que este argumento havia sido utilizado por parte dos Estados Unidos como "justificação burocrática" , revelando que a decisão de partir para a guerra se tinha devido ao facto do Iraque "nadar" em petróleo. Como refere o jornal Público "de acordo com a edição "online" do jornal "The Guardian", Wolfowitz emitiu estas declarações quando discursava perante delegados numa cimeira sobre segurança na Ásia e que decorreu em Singapura no passado fim-de-semana. Ao ser questionado pelo facto de uma potência nuclear como a Coreia do Norte merecer uma abordagem diferente do Iraque, o "falcão" do Pentágono admitiu que a principal diferença entre os dois países "é que economicamente não tínhamos escolha no Iraque. O país nada num mar de petróleo".


Pobre Mundo este, no qual as Instituições mais influentes estão entregues a gangsters deste calibre!

P.S. Que raio de «acordo de cavalheiros», permite que sejam os Estados Unidos a determinar quem deve presidir aos destinos de determinados Órgãos? E quem é George W. Bush, para tomar uma decisão deste tipo, dando-se ao luxo de só posteriormente à sua tomada de posição a comunicar (impor) a 184 países?