Luís Delgado: o Evangelizador Autoritário
O inefável Luís Delgado, brindou-nos ontem no DN, com pérolas de elevada estirpe, numa crónica intitulada “A força de Fátima “, que não posso deixar de reproduzir por revelar o génio do autor. Diz então o beato Delgado:
“São impressionantes, para um católico, mas igualmente para qualquer outro cidadão de outra religião, ou ateu, ou simplesmente desatento, as imagens de fé que levaram, no sábado, centenas de milhares de pessoas a acompanhar a imagem de Nossa Senhora de Fátima pelas ruas de Lisboa.
Não é vulgar, nem comum, em país algum, que uma procissão, numa capital despovoada, ao final da tarde, com um tempo pouco agradável, junte tantos fiéis, homens da Igreja, católicos serenos ou afastados das igrejas, e dos rituais dominicais, para seguir com fé e evidente crença a manifestação que deu lugar à consagração da cidade a Nossa Senhora. E as imagens mostraram pessoas de todas as idades, jovens e idosos, classes distintas, raças diferentes, mas todos unidos pela mesma devoção. É bom que a Igreja, e as suas imagens, saiam dos seus redutos e locais de culto para se misturarem com os cidadãos comuns, anónimos, e que pela magnitude evidenciada, não se reproduz, de nenhuma forma, no que se vê, diariamente ou aos domingos, nas missas rezadas nas dezenas de igrejas da capital. Foi inédito, grandioso, elevado e regenerador, particularmente num momento do País e dos portugueses em que nada dá esperança, em que o futuro é uma incógnita e em que as dificuldades se avolumam. É nisto que a religião católica, como outras, noutras partes do mundo, se eleva e transforma as pessoas. Nossa Senhora de Fátima tem uma força popular explicável, e que todos os anos se renova no seu santuário, mas que desta vez desceu à capital e produziu o milagre de juntar mais fiéis do que, eventualmente, alguma vez se concentraram em Fátima. Portugal é um país católico, mas tímido nessa demonstração, no seu dia-a-dia, mas que aparece em momentos excepcionais e quando a grandeza da ocasião chama por si. No sábado, Lisboa foi um santuário improvisado, repleto, mostrando que tem uma fé inabalável na Igreja Católica Romana e na Mãe de Cristo. Calem-se, por um momento, os que achavam o contrário, e que no seu pessimismo agnóstico e militante tentavam reduzir a Igreja a um bastião ultrapassado e sem futuro. Lisboa católica provou estar viva e empenhada e com uma fé inabalável.”
Confesso, que quase me vieram as lágrimas aos olhos!
Já hoje, eis que Delgado, esquecendo este seu lado apaziguador e, a propósito dos acontecimentos ocorridos nas últimas semanas em França, afirma o seguinte:
“(…)Se há lição que os nossos países devem aprender com a França, é que num caso destes deve-se agir rapidamente, sem contemplações, e usando, dentro da legalidade, todas as forças de segurança disponíveis.”
Fantástico, só falta afirmar: «Que volte a Santa Inquisição e se queimem todos os infiéis!».
“São impressionantes, para um católico, mas igualmente para qualquer outro cidadão de outra religião, ou ateu, ou simplesmente desatento, as imagens de fé que levaram, no sábado, centenas de milhares de pessoas a acompanhar a imagem de Nossa Senhora de Fátima pelas ruas de Lisboa.
Não é vulgar, nem comum, em país algum, que uma procissão, numa capital despovoada, ao final da tarde, com um tempo pouco agradável, junte tantos fiéis, homens da Igreja, católicos serenos ou afastados das igrejas, e dos rituais dominicais, para seguir com fé e evidente crença a manifestação que deu lugar à consagração da cidade a Nossa Senhora. E as imagens mostraram pessoas de todas as idades, jovens e idosos, classes distintas, raças diferentes, mas todos unidos pela mesma devoção. É bom que a Igreja, e as suas imagens, saiam dos seus redutos e locais de culto para se misturarem com os cidadãos comuns, anónimos, e que pela magnitude evidenciada, não se reproduz, de nenhuma forma, no que se vê, diariamente ou aos domingos, nas missas rezadas nas dezenas de igrejas da capital. Foi inédito, grandioso, elevado e regenerador, particularmente num momento do País e dos portugueses em que nada dá esperança, em que o futuro é uma incógnita e em que as dificuldades se avolumam. É nisto que a religião católica, como outras, noutras partes do mundo, se eleva e transforma as pessoas. Nossa Senhora de Fátima tem uma força popular explicável, e que todos os anos se renova no seu santuário, mas que desta vez desceu à capital e produziu o milagre de juntar mais fiéis do que, eventualmente, alguma vez se concentraram em Fátima. Portugal é um país católico, mas tímido nessa demonstração, no seu dia-a-dia, mas que aparece em momentos excepcionais e quando a grandeza da ocasião chama por si. No sábado, Lisboa foi um santuário improvisado, repleto, mostrando que tem uma fé inabalável na Igreja Católica Romana e na Mãe de Cristo. Calem-se, por um momento, os que achavam o contrário, e que no seu pessimismo agnóstico e militante tentavam reduzir a Igreja a um bastião ultrapassado e sem futuro. Lisboa católica provou estar viva e empenhada e com uma fé inabalável.”
Confesso, que quase me vieram as lágrimas aos olhos!
Já hoje, eis que Delgado, esquecendo este seu lado apaziguador e, a propósito dos acontecimentos ocorridos nas últimas semanas em França, afirma o seguinte:
“(…)Se há lição que os nossos países devem aprender com a França, é que num caso destes deve-se agir rapidamente, sem contemplações, e usando, dentro da legalidade, todas as forças de segurança disponíveis.”
Fantástico, só falta afirmar: «Que volte a Santa Inquisição e se queimem todos os infiéis!».
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