A MORDER OS CALCANHARES DO PODER

quinta-feira, março 30, 2006

Semelhanças...



Com especiais agradecimentos ao DOLO EVENTUAL

quarta-feira, março 29, 2006

Um roubo vergonhoso disfarçado com falsos argumentos: descubra as diferenças...



Neste país da treta aconteçe isto:

NOTÍCIA DE 24 de Março de 2006:

"Galp alcança lucros recorde de 442 milhões em 2005: Aumento de 33% face a 2004:

A Galp Energia atingiu em 2005 os melhores resultados líquidos de sempre, ao obter lucros de 442 milhões de euros.

O valor alcançado no ano passado representa um aumento de 33% face ao ano anterior, quando obteve resultados de 333,1 milhões.

Já o volume de negócios também atingiu o valor recorde de 11.127 milhões de euros, o que representa uma subida de 20% relativamente a 2004. Este resultado, volta a colocar a «Galp Energia em destaque, permitindo-lhe manter a posição de grupo português com maior volume de negócios», anunciou a empresa.

Entre as razões contam-se o aumento das cotações dos produtos ditado pelos mercados internacionais, que criou um cenário favorável para a actividade da refinação, o que com a melhor performance operacional de sempre das refinarias de Sines e do Porto, gerou um acréscimo de margem bruta de 26% face ao ano anterior.

Por outro lado, as cotações do crude nos mercados norte-americanos beneficiaram as vendas de petróleo bruto oriundo dos poços de Angola onde a Galp detém participação."





NOTÍCIA DE 28 Março de 2006 :

"Galp sobe gasolina pela segunda vez em menos de 15 dias:

A Galp Energia aumentou, esta terça-feira, em 2,2 cêntimos o preço do litro das gasolinas, devido à desvalorização do euro face ao dólar norte-americano, segundo a empresa.

Em comunicado, a petrolífera justifica que a «abrupta desvalorização do euro desde o passado dia 21 de Março veio tornar insustentável (...) a manutenção dos preços da gasolina, os quais se mantinham inalterados mesmo apesar de agravamentos significativos das cotações do crude e das gasolinas na última semana e meia», referem citados pela «Lusa».

No entanto, recorde-se que no passado dia 18 de Março, a Galp Energia tinha anunciado um aumento do preço das gasolinas, em dois cêntimos, nos seus postos de abastecimento, devido à subida das cotações internacionais deste combustível."



Aproveito para aqui acrescentar o excerto de um texto que me chegou via e-mail que, espero,sirva para reflectir:


Cotações do Dólar: (Fonte Banco de Portugal)
22 de Março: 1.2069 Euros
23 de Março: 1.2055 Euros
24 de Março: 1.1969 Euros
27 de Março: 1.2025 Euros
28 de Março: 1.2084 Euros

Não há vergonha nenhuma neste país.....não só a Galp aumenta a gasolina sob um pretexto mentiroso; como os jornalistas que deviam ser fonte isenta, e esclarecedora da sociedade portuguesa, dão a noticia como se fosse verdade...bastava-lhes ter ido a pagina do Banco de Portugal para constatar a mentira.....(será que recebem da Galp...?).

Diariamente os jornais e televisões perpetuam as mentiras dos nossos governantes, políticos e grandes empresas......Nem sequer respeitam a sua condição de jornalistas, são uns vendidos. Devemo-nos tornar mais exigentes e não permitir que nos mintam impunemente.

Infelizmente em Portugal, Poder (governativo ou jornalístico) não é sinónimo de responsabilidade mas sim sinónimo de irresponsabilidade e corrupção.

Vamos mesmo deixar que isto continue???????......A união faz a força...vejam a França...

terça-feira, março 28, 2006

O Povo é quem mais ordena!!!











Solidariedade total deste Blog para com os manifestantes franceses. Contra a prepotência de políticos autistas.

Não resisto a transcrever esta pertinente pergunta feita no
Random Blog2:

«Se o governo mantém uma lei contra a opinião generalizada dos cidadãos, pode-se continuar a dizer que é um governo democrático e legítimo?»

Para quem duvide da rejeição generalizada por parte do povo francês relativamente à nova legislação laboral que Vilepin pretende ver aprovada, os dados inequívocos encontram-se:
aqui

Que sirva de exemplo para nós portugueses!!!


FOTOS:
Libération

domingo, março 19, 2006

"É o capitalismo estúpido!"

«VAI por aí uma euforia tonta com as OPA e a Bolsa de Lisboa. Em tom entusiasmado, garantem-nos que estão de volta os bons tempos do optimismo económico e da «dinamização» da sempre letárgica Bolsa de Lisboa, e juram até que os simpaticamente chamados «investidores internacionais» estão de volta ao mercado de capitais português. Confesso que não percebo tanta euforia: quando os abutres financeiros voltam a pairar no céu é porque há carne fresca para engolir. Como habitualmente, as vítimas vão ser os ingénuos que ouviram dizer que «a bolsa está a dar» e que, sem tempo, conhecimentos e «contactos», vão meter lá as suas poupanças só para perceber que chegaram tarde e a más horas, porque os «investidores internacionais» e os especuladores nacionais já «realizaram mais-valias» e, ala que se faz tarde, foram-se para outras paragens. Já assisti, pelo menos, a duas conjunturas de euforia bolsista entre nós, e não me lembro que a bolsa tenha saído credibilizada ou que o país tenha visto a sua riqueza acrescida, as suas empresas mais competitivas ou a economia mais sólida. Lembro-me, sim, de algumas fortunas feitas em «over-night» e de algumas empresas sem futuro capitalizadas até ao absurdo, e logo vendidas pelos seus proprietários.

Mas a verdade é que andam todos eufóricos, com estes jogos de OPA e contra-OPA. Ensinam-nos, até às décimas, a composição societária da Sonae, da PT, da EDP, do BPI, do BCP, do BES, ficamos a saber quem está por trás de quem, quem está com os espanhóis e quem é suspeito de «patriotismo», quais são os negócios com marca da Opus Dei e os da Maçonaria, e, em tom íntimo, ouvimos dissertar sobre as intenções do Paulo, do Belmiro, do Ricardo, do Fernando e do Engenheiro. Espantados, vemos o acossado presidente da PT discursar às tropas comparando-se ao general Kutuzov resistindo ao Napoleão-Belmiro às portas de Moscovo, e vemos os amigos de ontem acusarem-se de ataques «hostis» e, entrelinhas, de quererem roubar à má-fila o negócio alheio. A paz implodiu entre os cavalheiros da finança, mas, aparentemente, isto é um bem para o país, tão bom que os ministros do Governo não disfarçam a sua satisfação com o que consideram «a retoma da confiança» e «a demonstração de que o mercado funciona». Não compreendo: não foi Marx quem ensinou que é assim que o capitalismo caminha para a sua autodestruição, engolindo-se todos uns aos outros? E não são estes, apesar de tudo, ministros de um governo socialista?

Mas há mais coisas que, estupidamente, me custam a compreender que façam a euforia de um Governo socialista, observando de fora, e deleitado, este espectáculo de miúdos a jogar Monopólio. Vejamos: se, depois de sucessivas fusões e aquisições, só restam praticamente três bancos privados portugueses, não é mau para a concorrência e para os consumidores que um deles engula outro? Com mais de meio milhão de desempregados, não é pior que as anunciadas OPA resultem também em já anunciados despedimentos? Quando se quer impor o aumento da idade da reforma, é saudável que se anunciem, como resultante das OPA, reformas antecipadas, chamadas tecnicamente de «aproveitamento de sinergias»?

E, já agora, o principal: de onde vem tanto dinheiro? À custa de quem foram obtidos os astronómicos lucros da EDP? É sem dúvida louvável que o presidente-cessante da empresa se despeça dando um bónus de 120 euros a cada um dos seus 8.000 trabalhadores (além dos tradicionais e infinitamente mais generosos prémios aos administradores, decididos por um órgão societário, hoje determinante, chamado «comissão de vencimentos»): mas não seria mais louvável que tivéssemos a electricidade mais barata, conforme foi solenemente prometido quando se privatizou a EDP? E o que andava a PT a fazer com tanto dinheiro que, só agora, sob ameaça, resolveu dobrar o dividendo dos accionistas, assim como só agora se dispõe a aceitar o fim do seu confortável monopólio de facto na rede fixa? Não teria sido possível, sem OPA, ter aberto o sector à concorrência muito antes, para que o telefone tivesse deixado de ser entre nós um produto de luxo e os portugueses não fossem obrigados a sofrer o pior e mais caro serviço de telefone fixo de toda a Europa?

E os lucros dos bancos, santo Deus?! Como é que num país onde o PIB cresce 0,5% e os depósitos dos clientes, geridos «private» e profissionalmente, pouco mais valorizam do que a taxa de inflação (e, vá lá, vá lá...), os bancos conseguem apresentar lucros de 60 e 70%? E como podem pagar em média 10% de IRC sobre os lucros - graças ao «off-shore» da Madeira, à «consolidação fiscal» e a uma série de bonificações e isenções - enquanto os seus clientes pagam até 42% de IRS e o porteiro do banco alguns 20%? Onde está a riqueza do país correspondente à riqueza destes gigantes nacionais? Onde estão as empresas que crescem e criam empregos e riqueza graças a financiamento acessível, energia a preços concorrenciais e telecomunicações eficientes e baratas?

Sim, eu sei: lá fora, dizem-nos, é igual. «Lá fora», e «na vizinha Espanha», em particular, também há OPA e «off-shores» e fusões e lucros absurdos no sector financeiro. Já me explicaram isso vários economistas, vários ministros, vários pragmáticos - e eu continuo sem perceber bem. Também sei que há a «globalização» e a necessidade de as nossas principais empresas ganharem «dimensão crítica», para resistirem a investidas do estrangeiro e não termos de cair na situação onde agora se encontram espanhóis e franceses, inventando legislação retroactiva e batotas de emergência engendradas pelos governos, para defenderem os seus «campeões nacionais». Mas, permitem-me um desabafo? A finalidade do capitalismo, como aliás a de toda a economia, não é a satisfação das necessidades individuais? Pois se assim é e se vivemos num incontornável mundo globalizado, a mim, enquanto consumidor e destinatário final das politicas económicas, é-me indiferente a nacionalidade da operadora telefónica, da seguradora do meu carro ou do banco que me financia o crédito à habitação: quero é poder escolher entre quem melhor me sirva.

Por teimosia patriótica ou por necessidade estratégica, acho prudente não abrirmos mão de algumas coisas, mas de outra natureza: a água, a língua e a cultura, a paisagem natural e o património, as 200 milhas, as leis e tradições de vida em sociedade, a Justiça pública, a Caixa Geral de Depósitos, a Selecção Nacional de Futebol e o arquipélago dos Açores. Acrescento, por razões de pura política, mais duas instituições, que acho que devem ser defendidas e até subsidiadas: a agricultura e o Vasco Pulido Valente. A agricultura, por razões à vista de preservação da vida rural e da paisagem e de povoamento e ordenamento do território; o Vasco Pulido Valente, porque, sem o seu pessimismo extremo, temo que já não restassem, por oposição, quaisquer razões para optimismos.

Agora, de duas uma: ou se quer ver o mercado funcionar a sério e então não são admissíveis distorções à concorrência nem situações de favor e privilégio; ou isto não é a sério e não finjam que é, quando dá jeito, e que já não é quando aqui d'el rei que vêm aí os espanhóis engolir os nossos «campeões nacionais».»

TAVARES, Miguel de Sousa,
EXPRESSO,Edição 1742,18.03.2006 .

sexta-feira, março 17, 2006

TV



Um documento da Casa Branca revelado hoje pelo jornal "Washington Post" garante que os Estados Unidos estão preparados para lançar "ataques preventivos contra terroristas ou Estados" que ameacem a sua segurança nacional, apesar dos esforços de guerra no Iraque. De acordo com o mesmo documento, o Irão é actualmente o principal desafio.
"Não excluímos o uso da força, mesmo não tendo certezas sobre a data e o local do possível ataque do inimigo", refere o documento de estratégia para a segurança nacional da Casa Branca.

"O Irão poderá representar o maior desafio", lê-se também no texto.

O relatório, de 49 páginas, lembra também os casos da Coreia do Norte, da Rússia e da China e apela a Pequim para que "actue de forma responsável" e "faça as opções estratégicas certas para o seu povo".

O documento considera como prioritária a cooperação internacional para a resolução de conflitos, "em particular com os nossos amigos mais antigos e mais recentes, e com os nossos aliados".

"A importância da prevenção na nossa estratégia de segurança nacional continua a ser a mesma", sustentam os responsáveis pelo documento, que deverá ser hoje apresentado pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Stephen Hadley."

quinta-feira, março 16, 2006

Se o mundo fosse uma pequena cidade de 100 habitantes...

ciudadde100habitantes


Se o mundo fosse uma pequena cidade de 100 habitantes…

Haveria:

57 asiáticos
21 americanos
14 europeus
8 africanos

52 seriam mulheres
48 homens

30 seriam de cor branca, e
70 não teriam cor branca

30 seriam cristãos, e
70 não-cristãos

89 seriam heterossexuais, e
11 homossexuais

6 pessoas possuíam 59% da riqueza de todo a cidade,
e essas mesmas seis pessoas seriam norte-americanos

80 pessoas viveriam em condições infra-humanas, e
70 não seriam capazes de ler

50 sofriam de má-nutrição,
1 pessoa estaria a ponto de morrer,
1 bebé estaria a ponto de nascer

Só 1 pessoa teria educação universitária

Só 1 pessoa teria computador


in.
PIMENTA NEGRA

quarta-feira, março 15, 2006

"Faz o que eu digo, não faças o que eu faço" ou o paradigma da hipocrisia.



"O Reino Unido e os EUA estão a desenvolver uma nova ogiva nuclear em segredo, o que poderá constituir uma violação ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear segundo revelou o jornal «Sunday Times», causando uma agitação não só na oposição mas também no Partido Trabalhista britânico.

De acordo com o referido jornal, os cientistas britânicos iniciaram os trabalhos para o desenvolvimento da nova arma na Atomic Weapons Establishment, em Aldermaston, logo após a reeleição do primeiro-ministro Tony Blair, em Maio passado, e diz-se que estarão mais avançados na investigação do que os seus colegas americanos que trabalham no mesmo projecto, segundo publica hoje o «Correio da Manhã».

O objectivo é produzir uma ogiva mais simples com componentes já usados para evitar acusações de violação da proibição de testes nucleares. Conhecida pelo nome de Reliable Replacement Warhead (Ogiva de Substituição Credível), ela está a ser desenvolvida de forma a poder ser testada em laboratório e não por detonação. «Temos de construir algo que nunca poderemos testar e que tem de ser absolutamente credível. Tem que funcionar bem, quando for usada», terá afirmado ao «Sunday Times» uma fonte britânica.

Se nos EUA esta revelação não suscitou qualquer problema, no Reino Unido agitou os ânimos, tanto mais que o executivo de Tony Blair tinha assegurado que não fora tomada qualquer decisão sobre a substituição dos mísseis balísticos intercontinentais «Trident». Refira-se que um programa de substituição proposto estava orçado em 10 mil milhões de libras, acrescenta o CM.

Trabalhistas e liberais britânicos acusam o governo de introduzir o programa sem um debate parlamentar. «Os mísseis «Trident» vão durar mais 20 anos. E quem vamos confrontar? E assim como podemos nós pregar a não-proliferação a países como o Irão?», questiona, indignado, o deputado trabalhista Paul Flynn."



HIPOCRISIA:

do Gr. hypocrisia, forma poética de hypócrísis, desempenho de um papel no teatro, dissimulação


s. f.,
impostura, fingimento;

manifestação de virtudes ou sentimentos que realmente se não tem.

Pedido de desculpas aos leitores deste Blog

Em primeiro lugar, gostaria de retomar a actividade deste Blog, pedindo sentidas desculpas pela minha ausência a todos aqueles que sempre o visitaram, tornando-se em enormíssima parte, numa das principais razões de ser da sua existência.
Por motivos vários, decidi fazer uma pausa de três longos meses que agora termina.
Em segundo lugar, gostaria de sublinhar que não tenho a pretensão de pensar que este espaço vos fez uma grande falta. Todavia, desde o início, pude contar com alguns visitantes mais ou menos assíduos, que me acompanharam nesta experiência que considero enriquecedora. Tentarei seguir a linha que sempre considerei importante e que se traduz, no fundo, no lema deste Blog: MORDER OS CALCANHARES DO PODER!

Sejam, pois, bem-vindos de volta!